Motor Scania de 13 litros – um passo em frente no gás para o transporte de longo curso
08 DE NOVEMBRO DE 2017
- • Os novos camiões a gás Scania são adequados tanto para o transporte de longo curso como para as atividades ligadas à construção
- • 410 CV e 2000 Nm – tal como os motores diesel de tamanho idêntico
- • Um intervalo de 45 000 quilómetros entre serviços de manutenção garante um tempo de atividade elevado com o OC13
O lançamento do motor de gás Scania OC13 na Ecomondo 2017 continua a ofensiva dos produtos Scania centrada nos combustíveis alternativos para a nova geração de camiões. O OC13 baseia-se nos famosos motores Scania de 13 litros, mas trata-se de um motor desenvolvido recentemente, que funciona a gás, segundo princípio de Otto, com velas de ignição e combustão completa.
O interesse em trabalhar com veículos movidos a biogás ou a gás natural é cada vez maior nos mercados europeus, em resultado de uma cada vez maior disponibilidade, de infraestruturas crescentes e de uma economia de exploração favorável para os transportadores. Naturalmente que os aspetos relacionados com a sustentabilidade também são importantes, pois mesmo para os motores que funcionam a gás natural há uma redução de CO2 de cerca de 15%.
Tecnologia subjacente
Os motores a gás Scania baseiam-se na combustão estequiométrica – i.e., combustão completa do combustível e do oxigénio. A combustão começa com o uso de velas de ignição, como nos motores a gasolina, e a pré-mistura do combustível decorre antes da entrada nos cilindros.
“Um objetivo importante para nós no trabalho de desenvolvimento tem sido assegurar a melhor manobrabilidade possível, de modo a fazer corresponder o seu desempenho e características àquilo que se espera de um motor diesel moderno,” explica Folke Fritzson, Engenheiro Sénior do setor de Investigação e Desenvolvimento da Scania e que tem estado envolvido no desenvolvimento dos motores a gás Scania.
O novo motor de 13 litros a gás funciona sempre em combinação com o Scania Opticruise, a caixa de velocidades automática da Scania. Isto significa, é claro, que o condutor dispõe de mudanças de velocidades e de conforto numa condução de primeira classe, com seleções de velocidades sem hesitações.
Depósitos bem pensados
O tipo de soluções de depósitos disponíveis é sempre um aspeto importante nos motores a gás. Tanto os depósitos de GNL (gás natural liquefeito) como os de GNC (gás natural comprimido) podem ser encomendados diretamente à Scania. O GNL proporciona sempre uma maior amplitude, devido ao facto de poder ser obtida uma quantidade significativamente mais elevada de combustível.
“Uma vez no motor, não importa como o gás é armazenado, mas existem diferenças significativas na escala de autonomia que é obtida com cada solução,” afirma Fritzson. “Com GNL obtém-se uma autonomia de 1100 km para um típico trator com semi-reboque em estrada plana. Mas a solução de GNC, que normalmente proporciona autonomias de 500 km, também é mais do que suficiente para muitos clientes, como aqueles cujo trabalho implica uma atividade regional, com regresso diário à base e ao ponto de reabastecimento. Porém, o número de quilómetros que pode ser percorrido com um depósito cheio depende também do tipo de operações envolvidas e do maior ou menor relevo do percurso.”
Um aspeto particular da segurança é o facto de os engenheiros da Scania terem invertido a posição das válvulas do depósito de combustível, afastando-as da direção da viagem. Trata-se de um pormenor aparentemente simples, mas bem pensado, que reduz o risco de as válvulas sofrerem danos devido a eventuais impactos do exterior.
Maiores intervalos de manutenção
Os motores a gás que funcionam segundo o princípio de Otto (com a pré-mistura do combustível e velas de ignição) têm intervalos de manutenção menores do que os motores a diesel. No entanto, os Engenheiros da Scania implementaram uma série de medidas que ajudam a manter intervalos de manutenção mais prolongados. Hoje é a vida útil das válvulas de ignição que normalmente estabelece os limites.
“Fixámos um intervalo de 45 000 km tanto para a substituição das velas como para as mudanças de óleo, em condições normais de utilização,” afirma Fritzson. “Trata-se de uma clara melhoria em relação às anteriores gerações de motores a gás, cujo intervalo normal de manutenção era de 30 000 km. Desta forma, reduziram-se os custos de manutenção e aumentou-se o tempo de atividade.”
“Tudo indica que, numa série de mercados, estamos a dar um passo importante com os motores a gás, incluindo nos camiões mais pesados, de longo curso, e nos veículos destinados ao sector da construção,” declara Eng. “Já ninguém precisa de abdicar de características como uma boa manobrabilidade ou o conforto do condutor. Ao mesmo tempo, vemos que uma infraestrutura em rápido crescimento caminha de mãos dadas com um interesse crescente entre os potenciais clientes que começam a utilizar todo o gás disponível numa série de mercados na Europa.”
Como os motores a gás são geralmente mais silenciosos que os motores diesel, também funcionam bem em ambientes urbanos sensíveis. O novo motor a gás Euro 6 da Scania também cumpre os requisitos do padrão de limitação de ruído PIEK, que estipula um nível de ruído não superior a 72 dB (A) em zonas com alto risco de perturbação.